O diabete é uma das doenças crônicas mais comuns no mundo. Ele afeta milhões de pessoas, de diferentes idades, lugares e condições socioeconômicas.
Embora existam tratamentos eficazes para ajudar no controle da glicose no sangue, muitas pessoas ainda não têm acesso a eles.
Neste artigo, vamos explorar o impacto global do diabetes e as desigualdades no tratamento, destacando por que é tão importante falar sobre o tema.
O que é o diabetes?
O diabetes é uma condição onde o corpo tem dificuldade em controlar o açúcar no sangue. Isso acontece porque o corpo não produz insulina suficiente ou não consegue usar bem a insulina que produz.
A insulina é o hormônio que ajuda o açúcar a entrar nas células, onde é usado como energia.
Existem três tipos principais de diabetes:
- Diabetes tipo 1: Geralmente diagnosticado em crianças e jovens. O corpo para de produzir insulina, e a pessoa precisa tomá-la todos os dias.
- Diabetes tipo 2: Mais comum em adultos, mas também pode ocorrer em jovens. Está ligado a fatores como excesso de peso, má alimentação e falta de exercícios.
- Diabetes gestacional: Acontece durante a gravidez e, na maioria dos casos, desaparece após o parto.
Impacto global e desigualdades no tratamento
O diabetes está aumentando no mundo todo
Nos últimos 30 anos, o número de pessoas nessa situação mais que dobrou em várias partes do mundo. Estudos mostram que o aumento é mais evidente em países de baixa e média renda, onde milhões de pessoas enfrentam dificuldades para acessar cuidados básicos.
No Brasil, por exemplo, essa causa já afeta mais de 16 milhões de pessoas. Em países africanos e do Sudeste Asiático, o número de casos cresce rapidamente, mas menos da metade dessas pessoas recebe o tratamento adequado.
Tratamento desigual
O impacto global está diretamente ligado às desigualdades no tratamento. Em países desenvolvidos, a maioria das pessoas com diabete consegue acesso a insulina e medicamentos importantes. Mas em regiões mais pobres, a realidade é bem diferente.
Exemplo prático:
Uma pessoa nos Estados Unidos pode comprar insulina em uma farmácia próxima, mas um paciente no Sudeste Asiático pode precisar viajar horas ou dias para encontrar o mesmo medicamento.
Além disso, o preço da insulina e dos equipamentos para medir a glicose, como glicosímetros, é alto em muitos lugares. Isso faz com que pessoas de baixa renda não consigam seguir o tratamento corretamente.
Fatores que agravam as desigualdades
1. Obesidade e má alimentação
A obesidade é um dos maiores fatores de risco para o diabetes tipo 2. Nos últimos anos, a alimentação rica em açúcar e gordura aumentou, principalmente em países em desenvolvimento.
Fast-food e bebidas açucaradas são baratos e facilmente acessíveis, enquanto alimentos saudáveis, como frutas e vegetais, muitas vezes são caros.
Exemplo:
Uma família de baixa renda pode comprar um pacote de biscoitos por menos do que o preço de um quilo de maçãs. Essa realidade contribui para o aumento do diabetes em populações vulneráveis.
2. Falta de acesso à educação em saúde
Muitas pessoas não sabem o que é o diabetes ou como preveni-lo. Sem informações claras, fica difícil entender a importância de hábitos saudáveis ou do tratamento contínuo.
Campanhas de conscientização são essenciais, mas nem todos os países investem o suficiente nelas.
3. Barreiras nos sistemas de saúde
Em muitos lugares, faltam médicos, enfermeiros e centros de saúde para atender a demanda. Isso afeta diretamente o diagnóstico precoce e o acompanhamento da doença.
Dado preocupante:
Estima-se que mais de 50% das pessoas com essa doença em países de baixa renda não sabem que têm a doença.
Soluções para reduzir as desigualdades
Apesar dos desafios, existem maneiras de combater as desigualdades no tratamento do diabetes. Aqui estão algumas soluções que podem fazer a diferença:
Fortalecer os sistemas de saúde
Governos precisam investir mais em saúde pública. Isso inclui garantir que medicamentos, como insulina, estejam disponíveis e sejam acessíveis para todos.
Organizações internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), têm programas para ajudar países a melhorar o acesso ao tratamento.
Educação e conscientização
Ensinar sobre diabetes nas escolas e nas comunidades pode ajudar as pessoas a entenderem a doença e como preveni-la. Além disso, campanhas educativas podem incentivar mudanças na alimentação e no estilo de vida.
Exemplo:
Programas que ensinam receitas saudáveis com alimentos locais ajudam famílias a fazer escolhas melhores sem gastar muito.
Uso da tecnologia
Aplicativos de celular e telemedicina estão facilitando o acesso ao diagnóstico e ao acompanhamento. Em áreas remotas, consultas online podem conectar pacientes a especialistas.
O papel de cada um na luta contra o diabetes
Essa situçao não afeta apenas quem tem a doença. Ele também impacta famílias, comunidades e sistemas de saúde. Para reduzir o impacto global e as desigualdades no tratamento, é necessário o esforço de todos:
- Indivíduos: Adotando hábitos mais saudáveis e fazendo exames regularmente.
- Governos: Garantindo acesso a medicamentos e educação.
- Sociedade: Promovendo um ambiente que incentive a prática de exercícios e uma alimentação equilibrada.
Conclusão
O impacto global do diabetes é enorme, mas as desigualdades no tratamento tornam a situação ainda mais grave. Milhões de pessoas no mundo vivem sem o acesso básico ao cuidado de que precisam.
A mudança começa com a conscientização e a ação. Precisamos trabalhar juntos para garantir que todas as pessoas, independentemente de onde vivem, tenham a chance de viver bem.
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